Um satélite é qualquer objeto que orbita ao redor de
outro, que se denomina principal. Os satélites artificiais são naves
espaciais fabricadas na Terra e enviadas em um veículo de lançamento. Os
satélites artificiais podem orbitar ao redor de luas, cometas,
asteróides, planetas, estrelas ou inclusive galáxias. Depois de sua vida
útil, os satélites podem ficar orbitando como lixo espacial, até que
reentrem na atmosfera terrestre, ou podem ser direcionados, através do
uso de propulsores, ao espaço profundo.
Os satélites artificiais podem ser catalogados ou agrupados segundo sua massa, como mostrado abaixo:
- Grandes satélites: cujo peso seja maior a 1000 kg;
- Satélites médios: cujo peso seja entre 500 e 1000 kg;
- Mini satélites: cujo peso seja entre 100 e 500 kg;
- Micro satélites: cujo peso seja entre 10 e 100 kg;
- Nano satélites: cujo peso seja entre 1 e 10 kg;
- Pico satélite: cujo peso seja entre 0,1 e 1 kg;
- Femto satélite: cujo peso seja menor a 100 g.
O projeto CONASAT optou pelo uso de nano satélites para a
coleta de dados ambientais, e partindo-se desta premissa, o primeiro
modelo estudado foi o CubeSat, criado pela California Polytechnic State
University e baseado em módulos cúbicos de arestas de 10 cm. No momento
inicial este padrão se mostrou um pouco crítico no tocante à
disponibilidade de área externa para colocação dos painéis solares que
geram a energia elétrica que alimenta os subsistemas do satélite, além
de espaço físico destinados às antenas. Com a adoção deste padrão com o
tamanho de 3 módulos, além da expansão de mais 2, de forma telescópica,
além da inclusão das 4 abas articuladas, começa a se tornar viável,
porém há um considerável aumento das dificuldades mecânicas envolvidas
Uma segunda alternativa que se apresentou viável foi o
padrão adotado pelo Space Flight Laboratory da Universidade de Toronto,
também cúbico, com arestas de 20 cm e massa máxima de 10 kg, o que
permite uma margem maior para contornar as limitações existentes no
modelo anterior, além de apresentar menores dificuldades mecânicas. A
utilização das 4 abas articuladas oferece área suficiente para as
antenas e painéis solares adicionais, permitindo assim a geração de
energia elétrica suficiente para a expectativa de consumo do satélite.
A alternativa mais recente, e que também vem se
apresentando viável em todos os aspectos, é a utilização do padrão
CubeSat 3U, com um sistema de multi antenas articuladas. Esta
alternativa se mostra mais econômica do que as outras, além de
apresentar menos complicações no ponto de vista construtivo. A
telemetria, o telecomando e a recepção dos dados das PCDs seriam feitas
atravez de antenas do tipo dipolo eletromagnético, enquanto a
transmissão de dados para a estação receptora seria feita na banda S de
frequencia e por sua vez utilizaria de uma antena planar (micro-fita)
Por se encontrar na fase A do projeto, ou seja,
em uma etapa inicial, onde muitas escolhas são avaliadas, o grupo
CONASAT continua buscando alternativas de modelos para nano-satélites,
de forma a tornar a missão a mais funcional possível.
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